sábado, 14 de novembro de 2015
Os Parâmetros Curriculares Nacionais buscam identificar os diversos argumentos
sobre a importância do conhecimento artístico. A abordagem dramática na educação admite a
importância do teatro infantil e considera-o como base da educação criativa. O teatro na
escola, de acordo com os PCNS, tem o intuito de que o aluno desenvolva um maior domínio
do corpo, tornando-o expressivo, um melhor desempenho na verbalização, uma melhor
capacidade para responder às situações emergentes e uma maior capacidade de organização
de domínio de tempo.
O teatro estimula o indivíduo no seu desenvolvimento mental e psicológico. Mas
apesar disso, o teatro é arte, arte que precisa ser estudada não apenas em níveis pedagógicos,
mas também como uma atividade artística que tem as suas características como tal. Assim
declara Reverbel:
Que o teatro tem a função de divertir instruindo é uma verdade que ninguém pode
contestar, pois seria negar-lhe a própria história (REVERBEL, 1989)
Teatro também é instrução, mas considerar isso como a essência teatral corresponde a
desconhecer suas múltiplas manifestações. O teatro essencialmente tem a função de prazer,
alegria, algo essencialmente agradável. Não no sentido de peças teatrais com temas
relacionados a coisas boas ou temas que seguem certas regras de conduta, mas agradável no
sentido que a mimeses/imitação, o atuar, foi belo, foi real. A oportunidade de escrever uma
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peça, transformá-la ou atuar nela, a construção de cenários e figurinos, é a essência do teatro,
pois é algo que pode ser construído e dividido em sua essência.
Dessa forma, o trabalho cenográfico permite o desenvolvimento do pensamento
reflexivo sobre a sua obra, por exemplo: ao criar o cenário que representa o lugar onde
acontece a cena: lugar geográfico, lugar social, lugar geográfico e social ao mesmo tempo. O
cenário também pode significar o tempo: época histórica, estações do ano, certa hora do dia.
Assim, a função do cenário é a de determinar a ação no espaço e no tempo para que o
espectador possa entender os acontecimentos. Ao interpretar, o personagem utiliza a palavra,
que possui funções variadas de acordo com o gênero dramático, o modo literário ou teatral,
etc. A participação no teatro é a sua essência.
O valor estético do teatro é abordado por Aristóteles, sendo o primeiro a analisar e
explicitar a composição narrativa, inicialmente nas tragédias gregas, onde conceitos como
mimesis, deixam claro que a imitação é a das paixões que movem o homem e não apenas as
suas ações, modificando o entendimento da função de catarsis, que, através da identificação
com a trama e seus personagens, o espectador seria capaz simplesmente de expressar seus
sentimentos. Todavia, seu papel vai além, permitindo que a platéia repense seu estar no
mundo, que se dá através de um conflito – que o coloca em presença de questões humanas. O
conflito é gerado pelas relações entre os personagens.
O objetivo do texto é proporcionar a eficácia da peça, dessa forma, o texto deve ser
bem formulado e diálogos bem estruturados. Com relação ao teatro infantil, a ação dramática,
como característica do teatro, deve ser observada seguindo os mesmos critérios de avaliação
de peças para adultos, como por exemplo: estrutura da peça, articulação dos atos, cenas
principais e caracterização das personagens. A estrutura da peça apresenta três elementos:
exposição, conflito e desenlace. A exposição é a parte em que o público toma conhecimento
dos acontecimentos. No conflito, os problemas descritos na exposição chegam ao clímax,
aumentando tensões. O desenlace é o moderador da tensão, sendo provocado pela resolução
do problema.
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O teatro faz parte do pcns com o intuito que os educando dominem o conhecimento e técnicas da arte teatral respeitando a concepção pedagógica própria e a pluralidade cultural brasileira.
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